Se os efeitos do novo coronavírus (COVID-19) ainda são um mistério no
país, a dengue, velha conhecida dos brasileiros, mostra sua força.
Há mais notificações da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti
no Brasil do que confirmações de casos do coronavírus no mundo.
Frente à ameaça das duas epidemias, infectologistas alertam sobre os
cuidados que devemos ter para combater o Aedes Aegypti.
É humano, demasiadamente humano, que doenças até então desconhecidas e
que surgem com fama de mortais causem apreensão, curiosidade e cuidados.
Já tem gente usando máscara hospitalar como se fosse adereço chique.
Que tal voltarmos o nosso olhar para um inimigo e velho conhecido
chamado “Aedes Aegypti”?
O mosquito continua voando por nossas cidades e casas fazendo novas
vítimas.
E ai vem a pergunta: O que estamos fazendo?
O mosquito transmissor vive na nossa casa. Não podemos esperar que os
órgãos públicos tomem conta das nossas casas.
Por isso a Secretaria Municipal do Trabalho, Habitação, Meio Ambiente e
Assistência Social faz um alerta para os cuidados que devemos ter em relação ao
mosquito Aedes aegypti vetor de diversas doenças causadas por vírus, como
dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Informações importantes
Ao picar uma pessoa doente, o mosquito é infectado e pode transmitir a
doença a uma pessoa sadia. No entanto, alguns estudos mostram que há casos de
mosquitos que já nascem infectados pelo vírus da dengue, o que pode desencadear
um grande problema de saúde pública.
Dengue
· Sintomas: na dengue clássica, o indivíduo apresenta febre alta,
dores musculares e articulares, dores na cabeça e nos olhos, fotofobia (aversão
à luz), inflamação na garganta, manchas avermelhadas e coceira na pele.
Na dengue hemorrágica,
após a fase febril, os sintomas agravam-se, ocorre a queda da pressão arterial,
aumento do tamanho do fígado e hemorragias, principalmente na gengiva e
intestino.
Os sintomas variam entre os
indivíduos infectados e, no caso da dengue clássica, podem desaparecer dentro
de uma semana. O acompanhamento médico é essencial para verificar o agravamento
da doença.
Chikungunya
·
Sintomas: apresenta em seu quadro clínico
febre alta, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor nos músculos), dor lombar,
náuseas, vômitos, conjuntivite e calafrios. No início, pode ser confundida com
as demais doenças causadas pelo Aedes aegypti,
principalmente a dengue, no entanto, causa fortes dores nas articulações, que
podem perdurar por meses.
·
Sintomas: O indivíduo apresenta febre baixa,
conjuntivite não purulenta, dor de cabeça, vômitos, diarreia, dor abdominal e
dor e inflamação nas articulações menos intensas que as ocasionadas pela
chikungunya.
Os sintomas desaparecem em até sete dias. Deve-se ter uma atenção
especial em relação à zika, pois ela está relacionada com casos de microcefalia em
recém-nascidos e com o desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré,
além de outras complicações neurológicas.
Febre amarela
·
Sintomas: Os principais sintomas são febre,
indisposição, vômito, dor no estômago e lesões no fígado, o que torna a pele
amarelada (icterícia). No entanto, pode apresentar-se de forma branda e, até
mesmo, assintomática.
Tratamento: Se
o indivíduo apresentar os sintomas dessas doenças, é importante procurar atendimento médico para
avaliação, acompanhamento e tratamento adequado. Geralmente o tratamento
consiste em hidratação, repouso e em medicações que aliviam os sintomas. No
entanto, principalmente nas formas mais graves das doenças, pode ser necessária
a internação e um tratamento mais intensivo, pois essas doenças podem causar a morte.
Prevenção: A
melhor forma de prevenção é o combate ao mosquito. Para isso, é
necessário eliminar todos
os focos de água parada, pois este é o ambiente onde o mosquito reproduz-se.
Repelentes, uso de roupas de mangas compridas e calças, além da colocação de
telas nas casas, podem evitar a ação dos mosquitos.
Prevenção/Proteção
- Utilize telas em janelas e portas, use roupas
compridas – calças e blusas – e, se vestir roupas que deixem áreas do
corpo expostas, aplique repelente nessas áreas.
- Fique, preferencialmente, em locais com telas
de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.
Cuidados
- Caso observe o aparecimento de manchas
vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, busque um serviço de saúde
para atendimento.
- Não tome qualquer medicamento por conta
própria.
- Procure orientação sobre planejamento
reprodutivo e os métodos contraceptivos nas Unidades Básicas de Saúde.
Informação
- Utilize informações dos sites institucionais,
como o do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais e municiais de
saúde.
- Se deseja engravidar: busque orientação com um
profissional de saúde e tire todas as dúvidas para avaliar sua decisão.
- Se não deseja engravidar: busque orientação
médica sobre métodos contraceptivos.
·
O Aedes aegypti é
um mosquito doméstico. Ele vive dentro de casa e perto do homem. Com hábitos
diurnos, o mosquito se alimenta de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao
entardecer. A reprodução acontece em água limpa e parada, a partir da postura
de ovos pelas fêmeas. Os ovos são colocados e distribuídos por diversos
criadouros.
·
Em menos de 15
minutos é possível fazer uma varredura em casa e acabar com os recipientes com
água parada – ambiente propício para procriação do Aedes aegypti. Veja as
principais orientações:
Cuidados dentro das casas e apartamentos
- Tampe os tonéis e caixas
d’água;
- Mantenha as calhas
sempre limpas;
- Deixe garrafas sempre
viradas com a boca para baixo;
- Mantenha lixeiras bem
tampadas;
- Deixe ralos limpos e
com aplicação de tela;
- Limpe semanalmente ou
preencha pratos de vasos de plantas com areia;
- Limpe com escova ou
bucha os potes de água para animais;
- Retire água acumulada
na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
Área externa de casas e condomínios
- Cubra e realize manutenção
periódica de áreas de piscinas e de hidromassagem;
- Limpe ralos e
canaletas externas;
- Atenção com bromélia,
babosa e outras plantas que podem acumular água;
- Deixe lonas usadas
para cobrir objetos bem esticadas, para evitar formação de poças d’água;
- Verifique instalações
de salão de festas, banheiros e copa.
Denuncie focos do Aedes aegypt
Quando o foco do mosquito é
detectado e não pode ser eliminado pelos moradores, como em terrenos baldios ou
lixo acumulado na rua, a Secretaria Municipal de Saúde de sua cidade deve ser
acionada para remover os possíveis criadouros.
Organize um mutirão de combate ao Aedes aegypti
A mobilização da sociedade é
fundamental para vencer a luta contra o mosquito. Convoque sua família e seus
vizinhos para essa batalha.
ATENÇÃO
Não esqueça que o
Aedes Aegypti também pode matar e já esta no meio de todos nós há muito mais tempo.
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