sexta-feira, 27 de março de 2020

REDOBRE OS CUIDADOS CONTRA O MOSQUITO AEDES AEGYPTI EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS

Se os efeitos do novo coronavírus (COVID-19) ainda são um mistério no país, a dengue, velha conhecida dos brasileiros, mostra sua força.
Há mais notificações da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti no Brasil do que confirmações de casos do coronavírus no mundo.
Frente à ameaça das duas epidemias, infectologistas alertam sobre os cuidados que devemos ter para combater o Aedes Aegypti.
É humano, demasiadamente humano, que doenças até então desconhecidas e que surgem com fama de mortais causem apreensão, curiosidade e cuidados.
Já tem gente usando máscara hospitalar como se fosse adereço chique.
Que tal voltarmos o nosso olhar para um inimigo e velho conhecido chamado “Aedes Aegypti”?
O mosquito continua voando por nossas cidades e casas fazendo novas vítimas.
E ai vem a pergunta: O que estamos fazendo?
O mosquito transmissor vive na nossa casa. Não podemos esperar que os órgãos públicos tomem conta das nossas casas.
Por isso a Secretaria Municipal do Trabalho, Habitação, Meio Ambiente e Assistência Social faz um alerta para os cuidados que devemos ter em relação ao mosquito Aedes aegypti vetor de diversas doenças causadas por vírus, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

Informações importantes

Ao picar uma pessoa doente, o mosquito é infectado e pode transmitir a doença a uma pessoa sadia. No entanto, alguns estudos mostram que há casos de mosquitos que já nascem infectados pelo vírus da dengue, o que pode desencadear um grande problema de saúde pública.

Dengue

·      Sintomas: na dengue clássica, o indivíduo apresenta febre alta, dores musculares e articulares, dores na cabeça e nos olhos, fotofobia (aversão à luz), inflamação na garganta, manchas avermelhadas e coceira na pele.
Na dengue hemorrágica, após a fase febril, os sintomas agravam-se, ocorre a queda da pressão arterial, aumento do tamanho do fígado e hemorragias, principalmente na gengiva e intestino.
Os sintomas variam entre os indivíduos infectados e, no caso da dengue clássica, podem desaparecer dentro de uma semana. O acompanhamento médico é essencial para verificar o agravamento da doença.
Chikungunya
·         Sintomas: apresenta em seu quadro clínico febre alta, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor nos músculos), dor lombar, náuseas, vômitos, conjuntivite e calafrios. No início, pode ser confundida com as demais doenças causadas pelo Aedes aegypti, principalmente a dengue, no entanto, causa fortes dores nas articulações, que podem perdurar por meses.
·         Sintomas: O indivíduo apresenta febre baixa, conjuntivite não purulenta, dor de cabeça, vômitos, diarreia, dor abdominal e dor e inflamação nas articulações menos intensas que as ocasionadas pela chikungunya.
Os sintomas desaparecem em até sete dias. Deve-se ter uma atenção especial em relação à zika, pois ela está relacionada com casos de microcefalia em recém-nascidos e com o desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré, além de outras complicações neurológicas.

Febre amarela
·         Sintomas: Os principais sintomas são febre, indisposição, vômito, dor no estômago e lesões no fígado, o que torna a pele amarelada (icterícia). No entanto, pode apresentar-se de forma branda e, até mesmo, assintomática.
Tratamento: Se o indivíduo apresentar os sintomas dessas doenças, é importante procurar atendimento médico para avaliação, acompanhamento e tratamento adequado. Geralmente o tratamento consiste em hidratação, repouso e em medicações que aliviam os sintomas. No entanto, principalmente nas formas mais graves das doenças, pode ser necessária a internação e um tratamento mais intensivo, pois essas doenças podem causar a morte.

Prevenção: A melhor forma de prevenção é o combate ao mosquito. Para isso, é necessário eliminar todos os focos de água parada, pois este é o ambiente onde o mosquito reproduz-se. Repelentes, uso de roupas de mangas compridas e calças, além da colocação de telas nas casas, podem evitar a ação dos mosquitos.

Prevenção/Proteção
  • Utilize telas em janelas e portas, use roupas compridas – calças e blusas – e, se vestir roupas que deixem áreas do corpo expostas, aplique repelente nessas áreas.
  • Fique, preferencialmente, em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.
Cuidados
  • Caso observe o aparecimento de manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, busque um serviço de saúde para atendimento.
  • Não tome qualquer medicamento por conta própria.
  • Procure orientação sobre planejamento reprodutivo e os métodos contraceptivos nas Unidades Básicas de Saúde.
Informação
  • Utilize informações dos sites institucionais, como o do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais e municiais de saúde.
  • Se deseja engravidar: busque orientação com um profissional de saúde e tire todas as dúvidas para avaliar sua decisão.
  • Se não deseja engravidar: busque orientação médica sobre métodos contraceptivos.
·         O Aedes aegypti é um mosquito doméstico. Ele vive dentro de casa e perto do homem. Com hábitos diurnos, o mosquito se alimenta de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. A reprodução acontece em água limpa e parada, a partir da postura de ovos pelas fêmeas. Os ovos são colocados e distribuídos por diversos criadouros.
·         Em menos de 15 minutos é possível fazer uma varredura em casa e acabar com os recipientes com água parada – ambiente propício para procriação do Aedes aegypti. Veja as principais orientações:

Cuidados dentro das casas e apartamentos

  • Tampe os tonéis e caixas d’água;
  •  Mantenha as calhas sempre limpas;
  •  Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
  •  Mantenha lixeiras bem tampadas;
  •  Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
  •  Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
  •  Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
  •  Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.

Área externa de casas e condomínios

  • Cubra e realize manutenção periódica de áreas de piscinas e de hidromassagem;
  •  Limpe ralos e canaletas externas;
  •  Atenção com bromélia, babosa e outras plantas que podem acumular água;
  •  Deixe lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas, para evitar formação de poças d’água;
  •  Verifique instalações de salão de festas, banheiros e copa.

Denuncie focos do Aedes aegypt

Quando o foco do mosquito é detectado e não pode ser eliminado pelos moradores, como em terrenos baldios ou lixo acumulado na rua, a Secretaria Municipal de Saúde de sua cidade deve ser acionada para remover os possíveis criadouros.

Organize um mutirão de combate ao Aedes aegypti

A mobilização da sociedade é fundamental para vencer a luta contra o mosquito. Convoque sua família e seus vizinhos para essa batalha.
ATENÇÃO 
Não esqueça que o Aedes Aegypti também pode matar e já esta no meio de todos nós há muito mais tempo.


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