Uma em cada oito pessoas sofre de fome crônica no mundo. É o que aponta o relatório O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, dia 1.º de outubro. A entidade estima em 842 milhões o número de pessoas subnutridas no período entre 2011 e 2013.
Segundo a Organização, a maioria das pessoas que sofrem de fome crônica, ou seja, que não têm alimentos suficientes para uma vida saudável e ativa, está nos países em desenvolvimento. Há, porém, 15,7 milhões de pessoas em países desenvolvidos. A ONU destaca que houve uma melhoria nos últimos anos, mas pede esforços adicionais e imediatos para alcançar o primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio – que visa a erradicar a pobreza extrema e a fome. A meta é reduzir para a metade, entre 1990 e 2015, a proporção de pessoas que sofre de fome no mundo.
O número total de pessoas com fome crônica caiu 17% desde 1990–1992. Se a taxa anual de declínio se mantiver até 2015, a prevalência da subnutrição poderá ficar perto daqueles objetivos definidos pela ONU em 2000, mas alcançá-los "vai requer esforços adicionais consideráveis e imediatos", diz o documento. Apesar dos progressos, o relatório alerta que há diferenças marcadas na redução da fome. A África Subsaariana fez progressos modestos e continua a ser a região com a maior prevalência de subnutrição, com uma em quatro pessoas (24,8%) passando fome. A Ásia Ocidental não registou progressos, enquanto o Sul da Ásia e o Norte de África revelam progressos lentos. O Leste e o Sudeste Asiático e a América Latina foram as regiões com maiores progressos.
Informações da Agência Brasil
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