“Hoje, nós honramos a memória das
milhões de pessoas – homens, mulheres e crianças – brutalmente assassinadas há
sete décadas pelo simples fato de serem judeus, ciganos, eslavos ou
homossexuais, porque eles tinham deficiência, eram testemunhas de Jeová ou
adversários políticos.”
A chefe do Escritório do Alto
Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, alerta em
sua mensagem para o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto para
os perigos da discriminação racial, afirmando que o Holocausto é um forte
lembrete da discriminação e intolerância, e de quão poderoso e mortal o
incitamento ao ódio racial pode ser.
“Todo ano, em 27 de janeiro, nós
reservamos um momento para lembrar das vítimas do Holocausto e refletir sobre
como ele surgiu e como o mundo como um todo falhou para impedi-lo”, declarou
Pillay, ressaltado que este genocídio deve “tornar-nos mais conscientes da
importância de reagir rapidamente e com firmeza a manifestações de
discriminação, hostilidade ou violência contra indivíduos e comunidades
inteiras, onde quer que ocorram”.
A chefe de direitos humanos da
ONU atentou para o fato de que mesmo após toda a brutalidade do Holocausto ter
sido exposta, o ódio e a perseguição racial voltaram a consumir outros países,
pessoas e sociedades. Os campos da morte do Camboja, as florestas de Srebrenica
e as colinas de Ruanda são exemplos de como a intolerância religiosa, racial e
étnica podem destruir uma nação.
“Ainda hoje, em muitos lugares em
todo o mundo, as pessoas são perseguidas ou discriminadas por causa de sua
raça, religião, origem, orientação sexual ou opiniões políticas, e em países
como a Síria, a República Centro-Africana e o Sudão do Sul, as pessoas ainda
estão sendo mutiladas e assassinadas por causa do grupo ao qual pertencem”.
“Precisamos parar de fechar os
olhos para os sinais de alerta de violações graves dos direitos humanos quando
e onde quer que apareçam”, reiterou Pillay.
Ela acrescentou que “pelo menos
isto nós podemos fazer para honrar aqueles milhões que foram assassinados em
massa por seus companheiros seres humanos que tentaram justificar crimes de
guerra, crimes contra a humanidade e genocídio com filosofias políticas
inspiradas no ódio e na propaganda. Nós também devemos estar conscientes de que
as sementes de tal ódio são muitas vezes semeadas tanto em tempos de paz, como
em tempos de guerra”.
Fonte: http://www.onu.org.br/
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