Em 2008, a Lei nº 11.650, datada
de 4 de abril, instituía o dia 23 de novembro como Dia Nacional de Combate ao
Câncer Infantil. Entre os principais objetivos que culminaram na criação dessa
data estão estímulo a ações educativas e preventivas associadas à doença,
promoção de debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atenção
integral às crianças com câncer, difusão dos avanços técnico-científicos
relacionados com a doença e promoção de apoio para crianças e seus familiares.
As preocupações previstas nos
objetivos da Lei são totalmente fundamentadas nos números divulgados pelo
Instituto Nacional de Câncer (INCA). Estima-se que 70% das crianças com câncer
possam ser curadas quando ocorre o diagnóstico precoce. A cada ano, são
estimados mais de 9 mil novos casos de câncer infantojuvenil, configurando a
segunda causa de mortalidade proporcional entre crianças e adolescentes de 1 a
19 anos.
É configurado como câncer
infantil um grupo de doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de
células anormais, a qual pode ocorrer em qualquer local do organismo. Entre os
tipos mais comuns da doença nessa faixa etária estão leucemia, tumores do
sistema nervoso central e linfomas. Enquanto nos adultos a doença afeta, em geral,
as células do epitélio, que recobrem os diferentes órgãos (é o caso do câncer
de mama e o de pulmão), nas crianças são mais comumente atacadas as células do
sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Além disso, enquanto em adultos
a doença se relaciona com fatores externos, como, por exemplo, o fumo, nas
crianças não existe essa evidência. Assim, a prevenção torna-se ainda mais
complicada e o foco volta-se de vez para o diagnóstico precoce e o tratamento.
É importante, portanto, estar
atento ao aparecimento de sintomas que podem ser sinais da doença. Quanto mais
cedo for a procura pelo tratamento médico, maiores serão as chances de cura.
Procure um especialista caso seu filho apresente:
perda de peso;
manchas roxas e sangramento pelo
corpo, sem machucados;
vômitos acompanhados de dor de
cabeça, diminuição da visão ou perda de equilíbrio;
caroço em qualquer parte do
corpo, principalmente na barriga;
palidez;
febre prolongada, sem causa
identificada;
dores nos ossos e nas juntas, com
ou sem inchaços;
crescimento do olho, podendo
estar acompanhado de mancha roxa no local.
Lembre-se de que o tratamento do
câncer começa com um diagnóstico correto. Ao avaliar o caso da criança, o
médico solicitará os exames laboratoriais e de imagem necessários para avaliar
o estado de saúde do paciente e identificar o problema. O tratamento deverá
sempre ser feito em local especializado e compreende três modalidades
principais: quimioterapia, cirurgia e radioterapia. Além dos medicamentos, é
indispensável para a cura a participação e o apoio de familiares e amigos. O
bem-estar e a qualidade de vida dessas crianças e adolescentes estão em
primeiro lugar.
Editora médica: Dra. Anna
Gabriela Fuks (615039RJ)
Jornalista responsável: Roberto
Maggessi (31.250 RJ)
Fonte: http://www.lamina.com.br
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