segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

EDILSON: 27 ANOS DE SAUDADE


O  tempo  não  diminui  a  saudade,  não  faz  diminuir  as  lembranças  e  nem apaga  o  que  foi  vivido  das  memórias  dos  que  ficaram. O  tempo  apura  sua ausência e faz mais forte a lembrança de sua presença, ainda viva, em nossos corações.
A  lembrança,  a  saudade  de  você,  não  é  como  sombra  que  se  arrasta,  é como um facho de luz que se acende, revelando o amor puro que foi vivido, a honestidade,  a  integridade,  a  fidelidade  e  a  lealdade  que  foi  compartilhada. Todas  as  virtudes  que  estavam  contidas  em  você  e  que  hoje  se  percebe  em
seus frutos... Nos filhos que Deus nos deu. Nos netos que você não conheceu, mas que de onde você estiver, ajuda a orientar...
O  tempo  da  dor  não  passa,  ainda  dói  –  e  esta  dor  não  passará,  porque metade de nós se partiu com sua partida, e a outra metade teve que aprender a sorrir  para  continuar.  O  sofrimento,  este  sim  por  vezes  é  curado,  deixado  de lado.  E  assim,  podemos  perseverar...  A  Fé  que  nos  consola  e  nos  faz  aceitar que alguns têm que partir, outros irão chegar...
27  anos  de  saudade.  Uma  vida  de  lembranças.  Um  traço  de  amor  que  se fez  único,  e  de  tão  belo  e  intenso  que  é  –  não  foi,  é  –  permanece  em  nossos corações.

“Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.”

(Ausência, Carlos Drummond de Andrade)

Dalva Vieira

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