sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

CÂNCER DE MAMA E COVID

Pandemia impactou no tratamento de pacientes com câncer de mama 

Na semana em que se celebra o Dia da Mamografia e o Dia do Mastologista (hoje, 5 de fevereiro), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) faz um alerta sobre a necessidade das pacientes de câncer de mama e outros tipos serem priorizadas no plano de vacinação para imunização da COVID-19.

A entidade lembra que ao longo de 2020 o impacto para essas pacientes já foi grande, pois muitas não foram realizar os exames preventivos, como a mamografia, e outras interromperam, efetivamente, o tratamento por receio de irem ao hospital ou pela dificuldade que encontraram nas unidades hospitalares de todo o país.

O Dr. Vilmar Marques, presidente da SBM, diz que durante toda a pandemia foi notória essa queda, o que gerou bastante preocupação. Agora, neste momento, além de conscientizar as mulheres para que não deixem de dar continuidade a sua rotina de ir ao médico, realizar exames e manter o tratamento, o que mobiliza a entidade é sensibilizar as autoridades quanto à vacinação, pois elas compõem o grupo de risco, muitas com a imunidade baixa devido ao tratamento que estão sendo submetidas.

O levantamento realizado em centros hospitalares que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas principais capitais, revelou que a queda nos atendimentos de mulheres em tratamento, nos meses de março e abril, logo no início da pandemia, foi em torno de 75%, em comparação ao mesmo período de 2019.

Já a Rede Brasileira de Pesquisa em Câncer de Mama, em parceria com a SBM, mostrou que o número de mamografias entre janeiro a julho de 2020 caiu 45% em relação ao ano anterior. Tudo devido ao medo de se contaminar durante o deslocamento e também ao dar entrada na unidade de saúde. E, embora nos meses seguintes isso tenha amenizado, muitas pacientes ainda se mantêm resistentes.

Vilmar Marques ressalta que não se sabia que a pandemia duraria tanto tempo. Diz que é compreensível o medo das mulheres, mas alerta que o câncer não espera. Interromper o tratamento é um risco muito grande, maior do que contrair o vírus, já que os hospitais estão seguindo todos os protocolos sanitários.

Para o dr. Marques, incluí-las nos grupos prioritários é de extrema importância, representando a vida de algumas e maior segurança para todas. Não podemos aguardar. Muitas já perderam meses de tratamento e estamos percebendo que o percentual de realização tanto de exames preventivos, como a mamografia, como de tratamento ainda continua baixo", alerta.

O presidente afirma que a Sociedade Brasileira de Mastologia como um todo entende a imprevisibilidade da vacinação em massa, o cenário das unidades ainda sob os efeitos dos casos de COVID-19 (trabalhando perto da lotação) e também a ausência da telemedicina no SUS, o que inviabiliza o atendimento à distância que já ajudaria.

O presidente da SBM disse que os mastologistas de todo o país compreendem o cenário crítico devido à incidência crescente da Covid-19 nessa nova onda, porém, sem atendimento remoto e sem as mulheres indo às unidades, só resta ao País priorizá-las na imunização para que os profissionais possam encorajá-las e que elas tenham maior tranquilidade e segurança de se deslocarem em médio prazo, continuando prevenção e tratamento.

Estamos falando de vidas ameaçadas.

* Com informações colhidas da Sociedade Brasileira de Mastologia

Link da Informação: https://defato.com/cesarsantos/64073/coluna-csar-santos-5-de-fevereiro-de-2021#.YB1dCg1xAl0.whatsapp

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