Uma auditoria da Controladoria-geral da União (CGU) nos
benefícios do programa social Bolsa Família revelou fraude em quase 350 mil
cadastros
Segundo o relatório da CGU, o governo pagou indevidamente R$
1,4 bilhão a pessoas que não tinham direito ao benefício. A CGU afirma que quem
recebeu o dinheiro indevidamente está sendo localizado.
De acordo com o ministério do Desenvolvimento Social, o
programa beneficiou, em dezembro de 2017, mais de 13 milhões de famílias, que
receberam benefícios com valor médio de R$ 179,41. O valor total transferido
pelo governo federal às famílias foi de R$ 2,4 milhões em dezembro.
No relatório da Controladoria-geral da União (CGU) consta
que existe funcionário público recebendo o benefício, além de famílias com casa
própria e carro de luxo.
O Bolsa Família foi criado em 2003 para atender famílias em
condições de extrema pobreza.
Tem direito ao benefício a família que tem renda de R$ 170
por pessoa. Algumas famílias apontadas na fiscalização da CGU tinham renda de
mais de R$ 1.900 por pessoa.
Na cidade de Piancó, no sertão da Paraíba, quase 54% dos
moradores tinham cobertura do Bolsa Família. Depois do pente fino, quase metade
perdeu o benefício. A cidade tinha servidores da prefeitura e da câmara de
vereadores cadastrados no programa.
Benefícios cancelados
O ministério do Desenvolvimento Social disse que recebeu
agora as informações da CGU e que vai conferir com a checagem que já estava
fazendo. O ministério disse, ainda, que está corrigindo falhas e que os
cadastros passaram a ser revistos mensalmente.
O governo disse que de outubro de 2016 até a semana passada,
cancelou 4,7 milhões de pagamentos. Disse também que já começou a cobrar os
casos mais absurdos identificados pelo próprio ministério - são três mil e 200
famílias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário